:
Roberto(A),Helder
(A+A),Miguel (A),Soquita(A),Martins(A),Valter(A),Fuma(V)
VILARENSE 2
- SEIÇA 0
Culpados e inocentes.
O
Seiça, líder isolado do campeonato,
deslocava-se pela segunda vez esta época, a um campo onde,
tradicionalmente, não é feliz. A regra cumpriu-se com retoques
de sadomasoquismo…
O jogo
iniciou-se … com o primeiro golo do
Vilarense: Soquita foi de tal
modo permissivo em zona perigosa que o ponta
de lança da casa logo tentou a sua sorte e colocou a sua equipa
à frente do marcador. Atordoados pelo golo madrugador, os
jogadores visitantes levaram algum tempo para recuperar o
sentido do jogo. Quando isso aconteceu depararam-se com novo
obstáculo: a certeza de que o adversário da tarde não seria
apenas o Vilarense. Com efeito o
árbitro, assim como o fiscal de linha a acompanhar o ataque da
casa, cedo mostraram que não iriam perdoar o mínimo deslize aos
seicenses. Assim aos vinte minutos,
Eduardo encaixou a bola no peito e recuou dois passos … até à
linha de golo. O árbitro aproveitou e, sem dúvidas nem
hesitações, sancionou o golo, para desespero e revolta dos
jogadores de Seiça. Estes ainda
reagiram e desenvolveram duas jogadas de
penalti dentro da área vilarense:
Miguel isolado foi atropelado de tal forma pelo
guarda redes da casa que se viu
obrigado a ser substituído. O árbitro … assinalou fora de jogo.
Pouco depois, foi Serafim bem dentro da área de rigor a ser
rasteirado violentamente, tendo que,
ele também , dar o seu lugar … e ser
conduzido ao hospital. O árbitro assinalou … pontapé de baliza.
Foi então que
Helder, que entrara minutos antes
para o lugar do maltratado Miguel, manifestou o seu desagrado ao
árbitro que, sem hesitar, o expulsou perante a surpresa de todos
(até mesmo dos próprios jogadores
vilarenses). Mas o calvário do Seiça
ainda não tinha acabado: aos quarenta minutos uma suposta
agressão de Fuma foi (imagine-se) denunciada pelo banco
vilarense ao árbitro assistente (que
nada vira!). Nova expulsão!
Ao intervalo,
a perder por dois golos e reduzidos a noves jogadores, as coisas
não se adivinhavam fáceis para as hostes de
Seiça.
Porém, e para
surpresa de muitos, o período complementar trouxe um
Seiça transfigurado, apesar da
inferioridade numérica. O jogo foi sempre equilibrado e seria
mesmo o Seiça a estar mais próximo
do golo por Ricardo e Prior que desperdiçaram boas
oportunidades. Neste segundo tempo os jogadores
seicenses mostraram verdadeira união
e outra face bem mais próxima do seu real valor. Nunca se
manifestou evidente a inferioridade numérica, mesmo quando
Valter se lesionou e continuou em
campo demonstrando verdadeiro espírito de sacrifício.
Tratou-se
pois de um jogo fértil em situações estranhas mas que deverá
também merecer profunda reflexão relativamente aos erros
cometidos. Apesar de, nitidamente, prejudicados pela arbitragem
(pouco inocente …), alguns jogadores
seicenses
, na primeira parte, foram em muito culpados pelo destino
que o jogo seguiu.
Por último um
dado curioso: em dois jogos contra o
Vilarense o Seiça perdeu os
seguintes jogadores:
Adérito, Prior,
Giovani, Ricardo, Miguel, Serafim
e Valter por lesão (grave) e
Helder e Bruno Fuma por expulsão!
Nove jogadores!
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